"Bom dia - era aquilo que me deviam ter dito logo para começar. Sei que não entrei na vossa loja a falar francês, inglês ou qualquer outra língua. Poderia tê-lo feito mas como habitante nacional que sou, falei a minha língua materna. Já sei que não sou emigrante e que, na vossa linha de pensamento, não tenho dinheiro para gastar. É aí que começa a vossa discriminação.
Entrei e nem me cumprimentaram. Levava uma roupa demasiado simples, não foi?
Peguei num bikini e esperei que uma das duas, estando ao meu lado, tivessem a prontidão de me oferecer ajuda. Nada. É incrível que só nos dias em que eu efetivamente não quero comprar nada, me bombardeiam com tanta oferta de ajuda e tanta boa vontade em que "só experimente, não perde nada" traz sempre o propósito de uma pessoa se apaixonar ao espelho e cair na tentação.
Continuei à espera até que pela segunda vez, pedi ajuda. Aí, menina mais alta, olhaste-me de soslaio e disseste que só tinhas o que estava exposto. Pedi-te ajuda com os tamanhos e a simpatia da tua resposta deixou-me sem ar. É engraçado que do outro lado da loja, a tua colega conseguiu desencantar exatamente o modelo que eu estava à procura, numa cor diferente, no mínimo.
Fui experimentar, aparentemente contra a tua vontade e lá me decidi pela compra. Fiquei 7 minutos na caixa, á espera, para pagar. Tenho a dizer que, como cliente antiga, nunca fui tão mal atendida. Ah, espera... Esqueci-me que havia emigrantes na loja.
Por isso, meninas que não me atenderam na loja do Palácio do Gelo, obrigada pelo vosso excelente atendimento, predisposição de ajuda, simpatia e sem dúvida, capacidade de vendas.
Quem me dera poder dizer hoje à gerente que escolheu tão mal naquela entrevista."
A primeira coisa que o meu patrão me exigiu foi uma conta bancária. Pelos motivos óbvios ou não quisesse eu auferir de salário. Eu já tinha decidido o banco em que queria abrir, não por alguma condição em especial, mas porque fui super bem atendida por um moço bem jeitosinho - no inglês! Derivado ao meu pai cá estar, sugeriu abrir no banco dele porque havia lá uma portuguesa que me poderia ajudar melhor. Depois de uma grande confusão, acabei por ir para lá.
Foram me cobrados 50€ iniciais (só hoje percebi porquê) e 12€ no imediato pela anuidade do cartão. Não aderi ao homebanking porque me pediram 62€ para tal! Desde quando é que para se ter homebanking se paga?! Mas bom, adiante. Foi me dito também que seriam cobrados mensalmente 2,90€ derivados a ser uma conta ordenado - porque se não fosse, a despesa mensal era de 6,90€. O cartão chegou num prazo super sónico - três dias depois! Uau, aquilo foi mesmo rapidez! Na mesma semana, já tinha tudo em ordem e pronto a usar.
Ontem aproveitei a manhã para passar por lá e informar-me como deveria proceder tendo em conta que pretendo regressar a Portugal. Como não gosto de ter cá favores, desenrasquei-me como soube e foi o inglês que me ajudou. A senhora, super atenciosa disse-me que podia cancelar a conta na hora. O problema é que ainda vou auferir de ordenado no mês que vem então não poderia ser. Sugeriu-me então deixar uma ordem escrita, com a data pretendida para eles encerrarem a conta, e pediu juntamente que eu lhe levasse o meu IBAN e BIC da conta portuguesa para eles assim me transferirem o respetivo valor. Disse também que os tais 50€ seriam devolvidos passado um ano, porque aparentemente foram uma espécie de caução.
Pareceu-me boa a solução encontrada e será mesmo isso que farei. Não sei se pagarei alguma coisa pela transferência mas mesmo que sim, compensa o trabalho e a chatice de meter mais alguém no assunto. Gostei sobretudo da simpatia e atenção com que fui tratada, e apesar de inicialmente não ser o banco onde queria abrir conta, não me posso queixar até hoje.