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Sweetener

Ser feliz com adoçante!

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Ser feliz com adoçante!

04
Mai20

Ah... A tal quarentena

Há mês e meio, pela altura em que a prevenção de tornou mais rígida e que fiquei em casa em regime de layoff como milhares de pessoas, pensei para com os meus botões que "É agora! Vais voltar ao blog em força, pôr as tuas histórias, vivências, tudo isso em dia. Vais agarrar naquele curso online parado há meses e acaba-lo. Vais ler, ver aquela lista interminável de filmes que só aumenta, vais dedicar te a ti!". Pois é... 52 dias depois, não fiz quase nada disto.

 

Nas primeiras semanas confesso que consegui. Todos os dias estudava/aperfeiçoava entre uma a duas horas de uma língua estrangeira. Comia em condições, fazia as minhas aulas de ginásio dia-sim-dia-não, arrumei e limpei a casa a fundo e tive cinquenta mil ideias novas de redecoração. Fiz planos e orçamentos que ando doida para colocar em prática. Dar um ar novo a esta casa.

 

Apesar de não me sentir desmotivada, acho que o estou. Estou porque me tenho rendido ao fácil e a minha vida tem se resumido a Netflix de manhã à noite, de Domingo a qualquer que seja o dia da semana em que estamos. Chego ao ponto de me doer o rabo de tanto tempo passar sentada. É irónico, não? E a despensa? Essa inimiga silenciosa, hã?! Nunca pensei que se iria tornar a divisão mais frequentada da casa nesta quarentena que terminará com a ruína do trabalho de ginásio dos últimos dois anos! E doces? Sabem lá a quantidade de chocolates que tenho comido? Deus, já nem me lembrava do que era esta necessidade de doces... Ai, ai Sweetener!

 

Queixamos-nos de falta de tempo ou de tempo a mais. Mas neste tempo a mais, que tínhamos tanto que fazer, damos por nós a não fazer quase nada. A minha vida pré-quarentena era preenchida. Uns 97% talvez. Trabalho (regra geral) das 9h às 18h, formação até às 23h dois dias por semana, ginásio nos outros três, noite de sábado para descansar e Domingo para arrumar a casa e abastecer a despensa. E não sei se é por viver sozinha e não ter que prestar contas a ninguém mas céus, como eu andava feliz pela minha falta de tempo! E raramente me queixava dela! (Vá, só quando queria ir ao médico, lavar o carro ou a serviços que não conseguia pelos meus horários). Sinto falta de não ter tempo para relaxar, agora que forçadamente tenho tanto.

 

Hoje parece que se recupera um pouco de normalidade. Alguns serviços vão retomar, uns com horários reduzidos outros com bastantes regras e recomendações. O uso de máscara passa finalmente a obrigatório (Aleluia!). Eu cá, continuo por casa, à espera de novas ordens. A espera é que é o terrível da coisa e eu ando com tanto receio de ser dispensada... Mas bom, o pensamento deve tem que ser sempre positivo e venha o que vier, é porque tem que ser!

 

O que esta quarentena trouxe de bom, foi manter quase tudo exatamente como estava. O que não manteve, melhorou. Foi neste mês e meio que se viu quem se importa e quem manda mensagem a quem. Quem liga só para dizer que está ali e quem te faz fazer diretas e ficar meio dia ao telemóvel a falar sabe-se-lá sobre quê. São estas pessoas, as que fizeram com que a distância física fosse relativa que temos que manter por perto e estimar. E abraçar, assim que o possamos! Sou uma abençoada e estou tão grata à vida, por tudo o que me tirou e trouxe. Percebo agora que realmente foi no tempo certo. E porque estes raios de sol que me batem na cara agora me estão a fazer sorrir, sorriam também. Sejam gratos e acreditem que quase tudo, vai ficar bem! 

 

27
Out15

Bipolaridade ou crise de identidade?

Sei lá eu que nome lhe chamar. Estou tão triste, desiludida e até chateada, comigo mesma. Por não saber o que sinto. Não saber o que quero.

 

Um ano, 365 dias de espera interminável. A ansiedade de um novo começo, a vontade de começar uma vida nova, montes de oportunidades. Três semanas, 24 dias foi o tempo que aguentei longe de casa, 10 dos quais, passados na universidade. Quinze dias depois, ainda não sei concretamente o que me levou a tomar a decisão.

 

E porquê? Porque é que quis tanto ir para Londres? Porque é que finquei pé até o conseguir? Porque é que fiz os meus pais gastar tanto dinheiro? Porque é que não descansei antes de me vir embora? E porque é que, não me sinto tão feliz como devia por ter voltado para casa?

 

Acabo a sentir-me ridícula pelo que deixo transparecer. E o blog? É aquele refúgio, onde sinto liberdade suficiente para escrever aquilo em que penso. É como que para me obrigar a reflectir sobre o assunto, porque sei sempre que vou ler. Devo sofrer de bipolaridade ou estar a atravessar uma crise de identidade. Bom, talvez a resposta mais assertiva é ser só uma miúda mimada que não sabe o que quer.

 

 

08
Out15

Primeiras impressões

Cá vamos andando... Já passaram quase três semanas. A de apresentação, de introdução ao curso e praticamente a primeira semana de aulas. Aparentemente, porque o meu horário ainda está em mudanças, vou ter aulas às segundas, quartas e sextas. Não é mau, mas preferia não ter dois dias livres a meio da semana e sim, os quatro dias seguidos, tanto para questões de trabalho como para uma escapadinha a Portugal.

 

Morar nas residenciais acaba por ser bom, eu pelo menos, estou a gostar. Tenho o meu canto, onde posso estar sossegada, só moram raparigas no meu andar e, apesar de sermos todas de cursos e nacionalidades diferente, dos escassos encontros, até são simpáticas.

 

Em relação ao curso, ainda estou muito à deriva. Talvez pelo facto de não ter qualquer base em fotografia ou mesmo por não ser na minha língua materna, o que, parecendo que não, também complica as coisas. E então, porque é que escolhi fotografia? E porquê no estrangeiro? Porque não tinha média para entrar na minha primeira opção (arquitectura), porque fotografia sempre foi um hobbie, um gosto pessoal, uma actividade de tempos livres. Porque sempre gostei do inglês e sonhei com Londres. Decidi tentar.

 

Mas toda eu continuo um misto de emoções. Já não tenho aquela vontade irracional de apanhar o primeiro avião de volta a casa mas também ainda não estou como queria. Esta anormal, que está a ter a melhor oportunidade da vida dela, passa os dias a lamentar-se e a ter pena dela própria. Incrível! Mas a velha Nadine vai voltar, eu sei que sim. Só está, digamos que, ligeiramente atrasada...

 

28
Set15

Primeiras descobertas

Hoje, faz uma semana que ando pelas ruas de Londres. Foi hoje também, o meu primeiro dia de aulas, ou melhor, o primeiro dia de introdução ao curso.

 

Pela manhã, preparei-me e parti, na minha caminhada diária que farei durante as próximas semanas. Depois de chegar, de pedir informações e de me perder, lá dei com a sala onde conheci os meus futuros colegas, tal como eu, aspirantes a fotógrafos. Foi nos feita uma apresentação da equipa, das componentes do curso, e todos os derivados.

 

Entretanto, a rapariga que estava ao meu lado, decidiu quebrar o gelo. Perguntou-me de onde vinha, ao que eu respondi, Portugal. É então que ela se desata a rir. Até que me responde: Eu também! Fiquei sinceramente feliz, foi das primeiras pessoas que conheci, fala a minha língua e estuda no mesmo curso! Conversámos um pouco mas entretanto fomos divididos em grupos, as nossas futuras turmas e acabei por não calhar na mesma que ela. 

 

Depois de almoço, fizemos uma visita guiada por todas as salas que serão as nossas, desde estúdios fotográficos, de edição, a salas escuras. A universidade está verdadeiramente bem equipada, e nós, podemos ter acesso a tudo! Qualquer material que necessitemos, é só requisitar.

 

Fazendo um balanço de tudo, achei um pouco demais. Não sei se é porque ainda não me sinto confortável, se porque não tenho nenhuma experiência, se porque nunca mexi num Mac e agora, são os únicos em que vou mexer. Estou assustada, o que num geral, acabará por ser normal. Sou simplesmente eu que não estava habituada a ter este tipo de sentimentos...

 

Espero sinceramente gostar do curso e adaptar-me rapidamente.

Tenho a consciência que é a melhor oportunidade que algum dia podiria ter.

 

 

Venham daí!

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