É engraçado como as coisas acontecem às vezes. Falamos com pessoas, sobre coisas sem termos a mínima noção do que pode mudar logo em seguida. Foi assim o meu Domingo.
Estava sossegada, a fazer o meu turno quando o boss apareceu. O mesmo informou-me que tinha tido uma reunião com o Turismo do Centro e que o hotel iria sofrer remodelações para atrair mais e variados turistas. Consta que, as rececionistas necessitam de qualificações, coisa que eu, no papel, não tenho. E posto isto, foi-me comunicado que o meu contrato não seria renovado.
A reação inicial foi de choque. Choque porque não contava minimamente e porque horas antes, tive uma conversa engraçada com a senhora da limpeza. Mas por incrível que pareça. não estou triste. Claro que estou alarmada pelas contas que tenho para pagar, mas triste não. Então o Doce, parece que só lhe faltou abrir o champanhe. Tenho que admitir que não estava bem, tanto que uma das minhas resoluções de ano novo era mudar de trabalho. Olhem, acabou por acontecer, ainda com vantagens, uma vez que não me demiti e terei direitos que não teria.
Assim, Domingo foi o último dia que vi o padeiro, sem o saber. Sem aviso, foi o meu último dia de trabalho, porque fiquei a gozar férias até fim de contrato. Sem aviso, sem contar, sem ter que me chatear, saiu-me um 'peso' de cima. E assim se fecha mais um ciclo, mais uma experiência. Experiência boa porque adorei o turismo, e sem dúvida que adorei ser rececionista.
Mal acabe o vínculo laboral, é mãos à obra! Um novo desafio me espera!
Para quem me segue com maior frequência, sabe que há um ano enveredei pela área do turismo, estando a trabalhar num hotel como rececionista. É uma área que me enche as medidas. Adoro do princípio ao fim! E então quando entro nas plataformas de reservas e vejo reviews como este, fico de coração cheio! Até o meu nome decorou!
Hoje trago-vos uma questão que certamente apoquentará muita gente quando chega a deliciosa hora de marcar férias, nem que seja apenas aquela escapadinha ou o mini-break ideal.
Apesar de eu ser daquelas que ainda acredita nas agências de viagens, verdade é que a internet nos permite cada vez mais marcar tudo à nossa vontade e gosto. Sites como a Trivago, Momondo ou a Booking, tornaram-se o nossos melhores aliados. Além de reunirem toda a informação importante relativamente aos espaços e envolvências, disponibilizam o mais variado feedback que outros viajantes tiveram a boa vontade de partilhar com o mundo.
Como rececionista de hotel, tenho aprendido muito. Não só porque não sou de forma alguma da área de turismo como admito nunca ter pensado enveredar pela área. A oportunidade surgiu e confesso que está a ser uma experiência fantástica e muito recompensadora, o que é maravilhoso.
Isto leva-me ao ponto chave: reservar numa plataforma ou tratar diretamente com o hotel?
Eu aconselho a reservar diretamente com o hotel, mas depois de dar uma olhada numa plataforma. E isto porquê? Porque todos os hotéis têm os preços de tabela que, podem ou não coincidir com os valores apresentados nas plataformas. Na maioria dos casos, podem negociar. Estando ou não cientes, as plataformas cobram taxas absurdas em comissões. Fala-vos quem fazia tudo através da Booking, e acreditem - mudei a minha opinião. Numa qualquer reserva, as comissões rondam os 20%, o que traduz um pagamento de quase 20€ numa reserva de 100€!
Mas negociar como?
É fácil! Como digo em cima, as comissões são muitos altas e a maioria dos hotéis prefere mexer no preço que receber a reserva pela plataforma. Continuando a utilizar os valores acima: compensa a um hotel baixar o preço para 90€, e estes serem limpos que receber 100€ do hóspede e ir buscar apenas 80€. E quem sai a ganhar com isto? Todos! Porque o hóspede paga efetivamente menos e o hotel consegue preservar mais.
Testando a teoria, reservei duas noites para um mini-break em Setembro. Vi os preços na Booking e em todas as plataformas a fim de encontrar o valor mais baixo. Em seguida, liguei para o hotel em questão e perguntei quais os preços para as noites pretendidas. O valor dado pela rececionista foi o mesmo que nas plataformas. Aí, disse à senhora que tinha conhecimento das taxas que as mesmas cobravam e se poderiam fazer algum ajuste no preço. Prontamente, recebi uma resposta positiva e poupei assim 15€ do meu bolso e mesmo assim, o hotel ainda ficou a ganhar 12€ com a minha reserva direta. 27€ que não foram para os cofres da Booking.
Mas atenção: nem todos os hotéis têm esta margem de manobra. Por isso é que perguntar é sempre a melhor solução. Não custa nada e não ofende ninguém.
Espero que este post seja útil, que vos ajude a negociar e a conseguir sempre os melhores preços para o tão merecido descanso! Lembrem-se que tentar, não custa nada!
E hoje, que acordei bem disposta (não é que não acorde todos os dias, mas ainda estou com jet lag de horários e rotinas) vou vos falar um bocadinho mais sobre o meu novo emprego.
Trabalho num edifício que remonta ao século XVIII. Uma casa de família que virou hotel há cerca de sete anos, em plena zona histórica da cidade. É um hotel pequenino, apenas com doze quartos. Cada um eles, possui para além do número, um nome de uma personalidade que de alguma forma, foi importante para a cidade de Viseu. Mais ainda, é um hotel botique, podendo todos os artigos ser adquiridos visto que o proprietário possui também uma loja de antiguidades e lhe é muito fácil arranjar outra mobília. Todos estes aspetos, fazem com que o atendimento e todas a envolvência seja muito personalizado. Todos os cantos cheiram a história, e esse tem sido o meu maior desafio como pessoa que nunca gostou e sempre teve más notas a história na vida.
Não tratamos os hóspedes com a distância a que certamente estamos habituados: ali, é como se fossemos umas conselheiras ou até mesmo guias turísticas. O hotel é mostrado a cada hóspede e é tudo explicado com o maior carinho possível. Note-se que, muita gente certamente não aprecia este tipo de alojamento e/ou atendimento. Eu própria, não creio que fosse por exemplo, pernoitar por lá. Mas isto porque eu efetivamente não dou valor a estes aspetos. Felizmente, tenho me apercebido que são mais as pessoas que gostam deste tipo de alojamento do que aquelas que são como eu. E a verdade é que pouco a pouco, estou a moldar esta minha opinião.
Hoje, que faz um mês contando com o tempo de formação, tenho a noção que o tempo passou a correr. Não me lembro de algum dia ter sentido o que sinto no presente. Um gosto tão acentuado e uma vontade tão grande de fazer aquilo que faço. as horas passam a correr, a semana passa a correr, e não tarda já está na hora de receber o meu primeiro ordenado em condições! Será que, quando dizem "Trabalha naquilo que gostas e nunca terás que trabalhar na vida" é deste sentimento que falam? É que se sim, então estou mesmo no sítio certo!
Já estão prometidos desde a semana anterior e pela lógica até só chegariam para a semana mas a coisa proporcionou-se de outra maneira e, agora que já tenho a certeza de que todos os factos são reais e palpáveis, já vos posso dar a boa nova: I am working! I have a job!
Yes my friends, it's true! Estou a trabalhar faz hoje duas semanas, começo amanhã oficialmente a exercer a minha nova função. Apenas amanhã porque, foram duas semanas de formação dirigidas à função e parece que agora me encontro preparada para exercer o cargo a que me comprometi!
E lá vai o rufar de tambores... Meus caros leitores, aqui a Sweetener... É rececionista de hotel!
É um trabalho como todos os outros, bem sei. Poderá ser igualmente desgastante nos meses de verão e secante nos de inverno. Será monetariamente inferior ao que alguma vez recebi na sapataria. Mas malta... 80% das pessoas recebem o ordenado mínimo, e muitas delas até têm formação superior! Além disso, não vou trabalhar 12 horas seguidas em pé sem sequer me poder encostar. Não vou viver debaixo de uma pressão psicológica constante. Vou ter um horário fixo e certinho. Tenho colegas que AJUDAM! (E desculpem lá a maiúscula) E mais importante que tudo: vou obrigatoriamente usar e abusar do meu inglês! Fazem a ideia do valor que isso tem para mim, daquilo que isso significa?! Estou histérica, eu sei, eu sei. Ainda vocês me estão só a ler, por isso imaginem a histeria real! É de partir o coco a rir da minha felicidade infantil!
Rececionista de hotel, assim, do nada. Um dia banal, uma ida à cabeleireira igual a todas as outras. Falaram-me de um hotel que estava a precisar. Hotel, ah, hotel... Sem experiência nem formação, nunca será para mim. Vim para casa, fiz a pesquisa habitual no IEFP e restantes sites de emprego e encontrei um anúncio para rececionista de hotel. Hum, coincidência ou a mesma coisa? Bem, não perco nada. Vamos aproveitar que é sexta. Imprimir um currículo, ir ao local e apresentar-me. Entrevista interessante e feita na hora. Trabalho a tempo inteiro. Bem, até poderá ser bom presságio. Feeling positivo pós-interview mas, já se sabe, esses meus feelings não são lá muito certeiros. Uma chamada da parte da tarde, um início de trabalho no sábado de manhã.
Como é notório, estou feliz. Radiante aliás! Voltei à vida, voltei à rotina, e voltei em grande!