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Sweetener

Ser feliz com adoçante!

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28
Set17

A lição de hoje

Assisti hoje a uma situação no parque do supermercado que me deixou visivelmente incomodada. Não só pelo ato mas pela frieza que alguns animais racionais têm.

 

Todos nós já fomos abordados ou vimos pessoas pedintes. Sejam aqueles que só estão recetíveis a colher dinheiro como aqueles que têm verdadeiramente fome e aceitam tudo. Aqueles que só procuram uma moeda ou os que vendem o próprio trabalho traduzido em cestos.

 

Uma menina hoje, aparentemente da etnia cigana, com o pequeno à parte de estar muito mais bem tratada e com mais educação que a maioria, abordou imensas pessoas nesse parque de estacionamento. Não tenho por hábito dar dinheiro, porque acredito que se estas pessoas têm fome, é bens alimentares que devem receber e não valores monetários.

 

Vi a rapariga a abordar um senhor, que como quem afasta a peste, a mandou dar uma curva. Uma outra senhora que lhe fez praticamente o mesmo. Continuei a arrumar as minhas compras e tentei não olhar fixamente para ela não me abordar a mim. Então vejo que o primeiro sujeito arruma o carro, e nele, deixa uma bela quantidade de tabletes de chocolate. Pensei em falar mas quando o ia fazer, já a miúda ia em direção ao carro. 'Vai ficar com eles', pensei eu mas senti um imediato peso na consciência quando a vejo dirigir ao homem que antes a tratara como lixo. Pediu desculpa e disse que o senhor se havia esquecido daquilo no carro. Este animal (peço imensas desculpas) olha para ela de soslaio, arranca-lhas da mão e manda-a afastar-se.

 

Fiquei em choque eu e quase se certeza a pobre coitada que acreditou com a boa ação, arrecadar no mínimo um agradecimento. Mas nada, absolutamente nada mais que mau trato.

 

Olhei para o que trazia nos sacos e não tinha nada mais adequado que um par de iogurtes. Chamei a menina e ofereci-lhos. Elogiei-lhe a atitude e disse-lhe que não era muito, mas que se fosse alimentar. Os olhos da menina brilharam tanto que posso garantir-vos que lhos dei com o maior agrado possível. Agradeceu-me mais que uma vez e foi toda alegre juntar-se à, suponho eu, família. Deu me gosto e ao mesmo tempo pena ver a satisfação com que a rapariga pegou neles e me agradeceu piamente como se lhe tivesse dado um pedaço de ouro. Aquele sorriso inocente, foi o melhor agradecimento e a melhor chapada sem mão que ela me podia ter dado.

 

Julguei o livro pela capa e enganei-me redondamente...

Obrigada querida, pela lição que me deste hoje.

 

Venham daí!

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