Esta tradição tem mais anos que qualquer um de nós se lembra, mas todos, sejam da cidade de Viriato ou não, já ouviram certamente falar na Feira de S. Mateus.
A Feira de S. Mateus é como o nome diz uma feira, onde há diversões, atuações, restauração e muitas oportunidades de comprar coisas bonitas para casa e não só. Este ano, realiza-se a 627ª edição. Esta feira foi criada pelo rei D. João I em Janeiro de 1392. Começava em Maio e durava cerca de um mês, mas com o passar dos anos e devido a diversos fatores, foi sofrendo alterações (nomeadamente em datas) e hoje, a feira começa e termina a meios de Agosto e Setembro.
Desde criança, que vinha a Portugal no querido mês de Agosto, era das, se não a coisa pela qual mais esperava o ano todo. Carrosséis e farturas/churros? Que mais pode uma criança querer?
Agora que sou mais crescida, a feira já significa outras coisas. Sou mais dada a ver artistas por preços 'simbólicos', visitar as exposições e claro, comprar qualquer coisa para a minha casinha.
Por isso, já sabem. A partir de hoje, começa mais uma edição desta feira centenária. Têm até 15 de Setembro para vir cá dar um pulinho. Vão estar cá pessoas interessantes, acreditem! Há dias de entrada gratuitos e dias pagos (normalmente em dias de concerto de um 'famoso'). Oh espreitem lá a programação. Há dias que vale a pena, não acham? Num dia que não saibam onde ir, entrem no carro e venham até Viseu. Venham passear e feirar connosco!
Dizem que o que é bom acaba depressa e é verdade. Mas quando conseguimos aproveitar praticamente cada minuto, esse sentimento muda completamente.
Quando eu e a Maria mais nova decidimos fazer esta viagem, as primeiras preocupações foram encontrar o melhor voo e um bom hotel. Depois de alguma pesquisa e contas feitas, percebemos que apesar de estarmos mais perto do Porto, ficava mais económico viajar a partir de Lisboa. Assim, por questões de fazer render o tempo, apanhámos o primeiro voo de ida e um pela hora de almoço na vinda. A companhia aérea foi a TAP. Tínhamos um voo às 6h55 que acabou cancelado e recolocaram-nos no das 8h25, com chegada a Frankfurt às 12h35. É um voo relativamente curto - 3h de viagem (São quatro, pela diferença do fuso horário). O aeroporto de Frankfurt é ridiculamente grande. Da última vez que lá aterrei, não tinha tido tanta perceção disso. A informação está bem disposta, sempre com inglês e em alguns locais até francês.
Nas pesquisas feitas pré-viagem, percebemos que há imensos transportes, não propriamente baratos. Mas, existe o Frankfurt Card e o Rhein-Main Card. São como passes com um extra de terem descontos nos principais museus e atrações da cidade. O primeiro é apenas para Frankfurt, incluíndo o trajeto do aeroporto, o segundo é para toda a zona dos rios Rhein e Main - inclui Mainz, Wiesbaden, Friedberg e mais umas poucas. Ambos os cartões existem na forma individual e na forma de grupo, o Frankurt para um dia ou dois dias, o Rhein-Main é sempre dois. Este último custa 26€ individual e 46€ de grupo (o bilhete de grupo dá para até cinco pessoas. Mas como veem, bastam ser duas e já compensa esse). O Frankfurt Card, tabela abaixo:
Comprámos para começar o Frankfurt Card. Pegámos nas trouxas e fomos em direção ao hotel.
A escolha do hotel não foi difícil. Estipulámos um valor máximo - 200€ para as três noites. Não era preciso nada chique mas com um conforto razoável. Um requisito foi ser perto da estação principal de Frankfurt. Caso nos perdêssemos, era fácil de lá voltar. Pesquisámos pela Booking, Trivago, Momondo até ficarmos com duas opções: Hotel Novum Continental ou Hotel Excelsior. Vimos as condições e ofertas de ambos e como tenho uma irmã que trabalha numa agência de viagens e tem montes de operadores com preços diferentes, reservámos no Hotel Excelsior. Fica mesmo à porta da estação, pode fazer-se o check-in às 12h e tem mini-bar gratuito, reabastecido todos os dias. Existe uma mesa na receção com bolos e bebidas à disposição durante toda a tarde, chamadas locais gratuitas e serviço de engomaria (não usámos os últimos dois). O quarto foi uma agradável surpresa, tendo em conta o preço final. Até a varanda tivemos direito!
Depois de instaladas e as malas desfeitas, fomos explorar os transportes para ir até à Main Tower. A Main Tower é um arranha céus com 56 andares, com 200m de altura. O nome deriva do rio e é o quarto mais alto de Frankfurt. O preço de adultos é 7,50€ cada, com o Frankfurt Card ficou a 6€. A vista é de tirar o ar, completamente deslumbrante.
Seguimos quase sem destino até estarmos na escultura do Euro. Não há propriamente nada para ver aí mas é um ponto turístico de fotografias. Depois disto, e como já se fazia tarde, regressámos ao hotel, metemos qualquer coisa à boca e fomos dormir porque o corpo já não aguentava mais.
(Ainda na segunda-feira, praticamente mal chegámos ao hotel ligámos ao nosso pai, que não pareceu acreditar que estávamos mesmo lá. Como ele tinha consultas que não podia adiar, ficámos de nos encontrar depois do almoço, no dia seguinte).
Terça-feira, corpo revigorado, mais um dia. Aproveitámos a manhã e fomos ao Zoo de Frankfurt. O preço de adulto é 12€, com cartão ficou a 10€. É bem maior do que pensámos. Vimos espécies que não conhecíamos, tirámos uma centena de fotografias e divertimos-nos muito.
(Vi o Nemo e o rei Julião! E uma águia fotogénica )
Entretanto chegou o nosso pai e fomos em direção à parte antiga, Römer. Por aí almoçámos e visitámos algumas igrejas e o Museu de História de Frankfurt. Neste, o desconto foi de 50%. Visitámos a exposição permanente por 4€ cada uma.
Depois, fizemos o cruzeiro sobre o rio Main. Há de 50 e 100 minutos, partidas de hora a hora, última saída às 17h. Como só saímos do museu às 16h30, só fizemos os 50 minutos. Mais uma vez cartão deu desconto. O preço fixo 9,90€, com desconto de 20% (7,92€). Depois disso comprámos já algumas lembranças e mais um dia passou.
Na quarta-feira foi a nossa vez de ir ter com o nosso pai, então comprámos o Rhein-Main Card para poder viajar até onde ele mora. Conhecemos a zona dele, recordei os locais por onde andei há dois anos, os transportes que apanhava, a rotina que fazia. Depois de almoço voltámos e fomos à rua Zeil. A rua Zeil está para Frankfurt como a Oxford para Londres e a Gran Vía para Madrid. Fomos às lembranças doces e quando demos por ela, já é noite. Note-se que as lojas fecham na sua grande maioria às 20h.
Quinta-feira, último dia. Último pequeno-almoço (todos os dias tinham variedade mas não fiquei maravilhada. Cometeram o crime de não terem croissants! E confesso que me fez, e faz, confusão alguém comer arroz e noodles ao pequeno-almoço. São cheiros demasiados fortes logo pela manhã). Já agora, a gastronomia é muito fraca, tudo à base de salsichas e comidas rápidas. Poucas opções saudáveis (ou nós é que não encontrámos). Hora de viajar até ao aeroporto, Lisboa e finalmente Viseu. Foram uns dias bons, bem aproveitados e sobretudo, bem caminhados! Assim acabou a nossa viagem. Passeámos, fizemos a primeira viagem de irmãs e uma surpresa ao nosso pai. O balanço é sem dúvida positivo.
Não é esse o sentimento relativamente às férias? Eu estou tão triste por saber que já chegou ao fim e que mais logo, recomeço a receber hóspedes. Mas bem, foram melhores que nada e já deu para descansar! Agora até às próximas, vamos ver se aguento
Com a decisão (inesperada) de juntar os trapinhos, a situação financeira ficou péssima. Chapa ganha, chapa gasta. Dá para viver, sim. Mas eu não sei viver desta maneira e confesso que tenho dias que entro em desespero... Tivemos um pouco de azar mas tenho a perfeita consciência que as coisas vão melhorar em breve, assim que algumas despesas extra fiquem saldadas. E admito que, mesmo 'apertada', nunca me arrependi da decisão!
Pois bem que férias estava a ser muito complicado de realizar. Mas depois de no verão passado mal ter posto os pés na praia devido à cirurgia, tinha que pisar um areal. E assim decidimos ir dois dias até à Figueira da Foz. Com preços delirantes que consegui através da negociação, fomos de férias a preço de saldo.
Tomei a decisão de ficar uma das noites novamente no Marina Charming House, mas admito que não me senti tão animada como no ano anterior. Na segunda, ficámos alojados no Hotel Wellington, mesmo junto ao Casino da Figueira. Um hotel de três estrelas, pequeno e acolhedor. O quarto era relativamente espaçoso e o serviço foi excelente. Pequeno-almoço bastante variado e delicioso. Têm também um restaurante italiano, onde tanto eu como o Doce nos lambuzámos por um preço irrisória-mente baixo! Foi sem dúvida a grande surpresa destes dias.
O tempo foi o nosso grande inimigo, porque infelizmente, o vento, nevoeiro e até orvalho mal nos deixaram ir até à praia. Acabámos um pouco entediados, a passar mais tempo que o suposto no hotel. Gostei, mas confesso que se soubesse de ante mão que seria assim, mais valia termos aproveitado os três dias noutro local que não praia. Na volta, viemos pelo Porto onde concretizei o sonho de ir ao IKEA - sou grande fã! (Ao ponto de ter aquelas atitudes infantis quando lá chegámos...). Uma voltinha aqui e ali e de novo em Viseu para recomeçar a rotina.
(Quarto mini no Marina Charming House e respetivo pequeno-almoço)
(Quarto Hotel Wellington e o meu Tortellini no Restaurante Wellington )
Foram uns dias fantásticos e souberam a mel! Agora é voltar à rotina!
Fui só ali até à Figueira com as Marias e já voltei.
Apanhei um tempo delicioso, muito calor, mas também muito vento. No sábado esteve uma maravilha para a praia: um sol abrasador, nada de vento e uma praia sem ninguém. Aproveitámos a manhã ao sol, almoçámos, fizemos o check-in e voltámos para a praia.
A lotação hoteleira estava um bocadinho para o cheia, e por isso (e como o preço agradou), ficámos hospedadas no Marina Charming House. Um quarto triplo com pequeno-almoço incluído, nem aos 70€ chegou. As instalações eram ótimas, os recursos pareceram ser do melhor. Então o colchão e as almofadas... Simplesmente perfeitas! Convenci-me que ia dormir que nem um anjo... Não fossem as melgas, a melgar me o juízo a noite toda!
Era um quarto bem espaçoso, com uma divisória que fazia de sala e com casa de banho privativa.
(fotografias da minha autoria)
Gostei muito do espaço, da decoração e de todos esses pequenos pormenores. Gostei do preço, que achei ser bastante adequado. Gostei do atendimento, ainda que esperasse algo mais caloroso. O pequeno-almoço não foi mau, mas esperava uma maior variedade. Num geral, posso dizer que aconselho. Quando forem à Figueira, já sabem de uma alternativa barata.
E não se esqueçam de ir ao Casino gastar dinheiro!
Vou para a praiinha, aproveitar o pouco sol que (infelizmente) vai estar e passear muito.
Eu que nada gosto de praia, ando com uma vontade doida de me estatelar ao sol e não fazer nenhum. Claro que para mim, é sinónimo de virar caranguejo, porque infelizmente não fui abençoada com um tom de pele que me permita bronzear. Sou pior que lixívia!
(imagem retirada da internet)
Desejo-vos um excelente fim-de-semana, e vou fazer para que o meu seja! Beijinhos