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Sweetener

Ser feliz com adoçante!

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Ser feliz com adoçante!

01
Abr20

Àqueles que chegam sem bilhete de volta

Ando há alguns meses para fazer este post. A ser correta, há meses que ando para fazer uma carrada deles mas entre a preguiça e a falta de tempo, a vida tem-me levado a melhor.

 

2019 foi um ano bastante longo. Um ano de mudanças, dúvidas mas de tantas certezas ao mesmo tempo. Um ano em que o desemprego entrou numa relação comigo e eu saí da relação que tinha. Foi o ano em que fiz a minha primeira viagem acompanhada além fronteiras. Um ano, em que os estudos me voltaram a fazer olhinhos e que eu me deixei seduzir por eles. Um ano que me trouxe pessoas e situações que me fizeram crescer tanto, em termos intrinsecamente emocionais.

 

E cresci, oh se cresci. A maior prova disso foi ter sido finalmente capaz de trocar um amor por uma amizade, com tudo o que isso acarretava. Qual é o propósito de uma relação se não caminhamos para o mesmo lado? Qual é o propósito se a base, que devia ser o amor, não está lá há imenso tempo? Chegámos a questionar-nos se alguma vez esteve sequer... E acho que essa, será de todas a pergunta mais difícil e que ficará eternamente por responder. 

 

Estava longe de imaginar tudo o que voltar a estudar me iria trazer. A anos-luz, para ser mais precisa. Trouxe-me pessoas, tão simples que nos acrescentam tanto. Que não precisam de ser de um extrato social superior para nos dar as maiores lições das nossas vidas. Obrigada a ti A., que mesmo sem saberes me amparaste. Me deste luz e esperança e me fizeste ter a coragem suficiente para dar a volta que eu tanto desesperava por dar à minha vida. Obrigada a ti Sr. Razão por me trazeres de volta e obrigada à vida por te ter colocado novamente no meu caminho. Obrigada por me acordares e fazeres ver que afinal estou viva e bem viva. Obrigada por me fazeres acreditar que tenho valor e que não podemos mudar a nossa essência só porque atravessamos uma tempestade. Que mais cedo ou mais tarde, o sol voltará a brilhar. E acredita, ele brilha.

 

Obrigada, por terem entrado e retornado, respetivamente, à minha vida sem bilhete de volta. E que nunca se arrependam, de não ter comprado a maldita viagem de regresso 

 

16
Mar20

Uma pausa não anunciada

Nem tinha a real noção da última vez que tinha vindo até aqui. Sabia que fora algures pelo final do ano mas só agora me apercebo que se passaram praticamente quatro meses. 

 

Quatro meses em que muita coisa aconteceu e mudou na minha vida. E sinto-me abençoada por poder dizer que quase tudo foram coisas boas. Tenho a certeza que com o devido tempo, voltarei a ser mais ativa por cá. Tive intenção e sobretudo necessidade de fazer uma pausa mas falhei ao não vos comunicar isso. Daí e por isso, lamento imenso e peço-vos desculpa.

 

Sinto-me renovada física e intelectualmente. Têm sido meses de trabalho interior, meses em que surgiram novas rotinas, novas pessoas e mais importante que tudo, novos desafios. 

 

Digo, com alegria que já me encontro a trabalhar. Esta é, uma das melhores mudanças que o mês de Janeiro me trouxe. Sou rececionista numa clínica dentária, no coração da minha cidade. Uma experiência nova e totalmente diferente. Uma área desafiante onde existem ainda 'demasiadas' coisas para aprender. Um contrato de um ano, uma equipa (até ver) agradável e sem dúvida, uma vontade enorme de ser bem sucedida neste novo desafio.

 

Tendo em consideração a pandemia que vivemos, finalmente levada a sério, eu, como pessoa que tem contacto direto com muitas pessoas e com profissionais de saúde, estou desde sábado em casa, sossegada, a aproveitar o tempo para colocar tanta coisa em dia.

 

Espero que esteja tudo bem com todos desse lado. E reforçando a mensagem já tão aclamada: Façam por ficar em casa, pelo bem de todos. Beijinhos e força 

 

31
Dez19

O tradicional balanço anual

Não podia deixar de vir até aqui, no último dia deste ano de 2019.

 

Foi um ano de reviravoltas, uma montanha russa de emoções. Um ano de provações, pessoais e profissionais. Um ano de superação, de muitas batalhas vencidas e tantas outras guerras perdidas. Tudo aquilo que tomei como certo em 2018, 2019 mostrou-me que tinha melhor para me dar.

 

Voltar a estudar, depois de um desemprego totalmente inesperado, foi sem dúvida a melhor decisão deste ano. Uma decisão arrojada, muito arriscada em termos financeiros. Mas, com muito esforço, concluída com sucesso. Não só pelo aumento das minhas qualificações como pela enorme carga que conhecer pessoas novas provocou na minha vida. 

 

Terminei uma relação que me fez/está a fazer renascer das cinzas. Reforcei laços, criei novos. Percebi que tenho um grande suporte e que não tenho de ter vergonha alguma por ter que recorrer a ele. Parei de alimentar a personagem que criei e comecei a viver. Por mim, pelas minhas ambições, pelos meus sonhos. Sejam eles poucos ou muitos, ambiciosos ou meramente realistas. Assumi a minha opinião como sendo a mais importante e estou a aprender a distinguir aquelas que devem ser tidas em conta ou simplesmente descartadas. É um trabalho contínuo, um investimento pessoal. Um processo moroso mas tão, tão compensador.

 

Bem vistas as coisas, 2019 foi um bom ano. Um ano de mudanças. Que 2020 seja a minha folha em branco. E que continuem todos por aqui, a ver-me escrever esta história! Bom ano! 

 

07
Dez19

Parar, observar e respirar

Cantou, Angélico Vieira: "É engraçado como a vida nos prega, partidas. Quanto mais fortes pensamos que somos, caímos em armadilhas...". E isto, retrata tão bem a minha vida neste ano.

 

É engraçado, como somos capazes de nos tornar personagens da nossa própria vida. Como conseguimos confundir aquilo que pensamos querer, aquilo que pensamos ser correto, o que achamos que esperam de nós, com aquilo que queremos e precisamos verdadeiramente. 

 

Desde que a minha identidade foi descoberta, há cerca de um ano, que tenho calado muitas coisas que gostaria de ter mencionado aqui. Dúvidas que tive em determinados momentos, medos, angústias... Mas, uma vez mais, pensei que pessoas do meu dia-a-dia ficariam a saber demasiado da minha vida e usar isso contra mim e então, optei por me calar. Optei por manter a fachada. A personagem que criei para mim. Aquela que fazia o esperado, o politicamente correto. A aparência de uma relação feliz. Os pseudo-projetos, planos futuros, desejos de casamento, filhos. A realização pessoal e profissional. O amor-próprio, quando tudo isto é uma grande hipocrisia.

 

Uma grande hipocrisia porque, algures no meio disto, perdi-me. Perdi-me e esqueci-me de quem fui, de quem queria ser. Deixei-me enrolar pela personagem e afoguei-me. Dei-me tanto e recebi tão pouco. Mas fiquei. Porque, vamos ser sinceros... "Eras a única encalhada e fracassada na tua família". Era assim que eu via, pelo menos. Deixei as minhas falhas, os meus erros toldarem o meu discernimento. Deixei que todas as vozes que me avisaram que eu não seria capaz, e como efetivamente não fui, levassem a melhor. Esqueci-me de ler, esqueci-me de procurar. Esqueci-me de querer sempre mais e melhor. Meia fraca, mas houve sempre uma voz em segundo plano. Dizia-me constantemente que "tu mereces mais", mas a vontade de não falhar novamente era tão grande que levei tudo até às últimas consequências. Conformei-me às minhas próprias dúvidas.

 

São agora visíveis os danos. Aqueles, que me provoquei conscientemente. E ter a noção disso está a ser a maior onda de todas. Aquela que quase me levou. Saber que fui eu e só eu que infligi isto a mim própria pelo meu desejo estúpido de agradar a toda a gente. 

 

Finalmente consegui parar. Observar. "Stop and stare. I think I'm moving but I go nowhere...". E eu estava mesmo a ir a lado nenhum. Nenhum positivo, pelo menos. Perdi a minha individualidade, a minha essência. Aquilo que me faz ser quem sou. Respirar. Tão simples, tão necessário, tão colocado em último lugar. Tão bom! Ver o mundo com os mesmos olhos mas agora com mais cor. Apreciar os pequenos prazeres da vida. Trocar a viagem de carro e ir a pé. Sentir o vento a lavar e levar esta personagem de mim. Recuperar-me, recompor-me.

 

Não é um processo fácil e muito menos rápido. É doloroso e nem todos os dias são alegres. Por vezes, a necessidade de carinho, atenção alheia torna-se demasiado alta. Alta ao ponto de criar confusão na nossa mente, questionar tudo: o que foi feito, o que nos trouxe até aqui.

 

Demorei, mas cheguei. "Wake me up when it's all over (...) all this time I was finding myself and I... Didn't know I was lost...". Sei agora que estive. Mas vou deixar de estar. 

 

Que este texto ajude, quem como eu, em algum momento se perdeu:

https://www.fasdapsicanalise.com.br/nao-deixe-de-ser-voce-mesmo-para-ter-um-relacionamento/

 

Venham daí!

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