Lembram-se de vos ter elucidado sobre uma das componentes do curso? Volto a tocar no assunto só para vos mostrar o resultado final, e como tive uma nota amazing, estou toda convencida!
O programa foi elaborado e vai-nos fazendo perguntas, às quais temos de responder corretamente. Por exemplo, se a pessoa não der uma das respostas pretendidas ou escrever incorretamente, o programa avisa e solicita uma resposta certa.
E como estava entusiasmada com isto, adicionei um pormenor não solicitada pelo professor, mas valorizado: o consumidor poder colocar o nome! (O professor só pediu para colocar o NIF)
Ah pois! Mas isto já passou, e já tenho saudades. A programação nunca mais acaba, só complica e complica. É incrível! Volto a dizer: admiro os informáticos. Mas não queria a vida deles!
Como vos disse anteriormente, o curso que estou a tirar (CET ou lá como se chama agora) é de Informática & Gestão. Dentro da gestão, tenho uma carrada de coisas: recursos humanos, contabilidade, gestão contabilística, etc. Dentro da informática tenho vindo do básico das TIC para chegar onde? À programação. Pois é, estou a fazer programação (a tentar, pelo menos).
Há coisa de duas semanas, começamos a trabalhar em linguagem C (Alguém desse lado sabe do que eu estou a falar?). Tenho que admitir que tem sido giro. Até vir um conceito novo e misturá-los todos. Querer definir um ciclo mas usar as palavras reservadas do outro. Uma dor de cabeça, portanto (Ganhei tanto respeito pelos informáticos! Tanto mesmo!).
Estamos a fazer o nosso trabalho final, que consiste em criar a ementa de um restaurante, onde o consumidor vai escolhendo o que quer. O programa deve guardar todos esses dados para no fim, nos apresentar a fatura, com ou sem NIF, com a despesa total e todos os produtos consumidos descriminados. Isto é tão mais difícil do que eu pensava... Quando tudo parece estar bem, lá aparece um bug que deixa a pessoa responder quando não é suposto.
Apesar de ser complicado, estou a gostar. Há algum tempo que não sentia a necessidade de puxar tanto pela massa cinzenta. É bom, não a deixar adormecer. Agora só para vos dar a entender do que se trata, aqui têm uma fotos do que fiz o fim-de-semana todo (e vou continuar a fazer).
Aqui é a base do programa, onde lhe digo o que quero que ele faça:
A seguir, é a apresentação. O que o cliente vê. O programa pergunta o que quer e quem está do outro lado responde, fazendo o mesmo avançar até à pergunta final.
Ainda me faltam limar arestas mas estou num bom caminho! E acreditem, os informáticos (aqueles que percebem mesmo) valem o preço que levam. O que eu estou a fazer é uma amostrazinha. Imaginem viver disto... Devem ver código em todo o lado!
É o que eu ando a ter convosco, eu sei... Disse há umas semanas que andava meio de férias no que toca aos blogs e tem sido mesmo. Não tenho escrito, nem visto/respondido aos vossos comentários, e muito menos lido os vossos cantinhos. Shame on me!
Isto do estudar tem que se lhe diga. É muito bom ter um horário fixo, de segunda a sexta, tenho que admitir. Fins-de-semana em casa e tal. Mas acreditam que me custa mais organizar assim? É uma correria sempre que preciso de tratar de um assunto nos serviços (banco, segurança social, médico) porque fecham sempre antes de eu estar livre. As idas ao ginásio foram reajustadas, e tudo junto tem me dado tanto trabalho e tão pouco tempo livre.
No entanto, posso confessar uma coisa. Depois da espera finalmente: já tenho computador! Não era exatamente aquilo que queria, tenho de admitir mas vai servir nos próximos tempos.
O curso vai ter pausa na 1ª semana de Agosto. Finalmente vou puder descansar um pouquinho. Espero aí conseguir organizar-me de vez de modo a vir aqui com mais regularidade e escrever coisas com mais conteúdo. Vou tentar pôr tudo em dia brevemente! Esperem por mim!
Inscrevi-me neste curso com toda a vontade. Com receio, claro está que o que chega ao fim do mês não fosse suficiente mas lá se aperta o cinto noutro buraco e a coisa vai indo. Tenho tido opiniões, das pessoas que vão sabendo, que estou a desperdiçar tempo e recursos do estado. Porque sejamos sinceros, toda a gente pensa assim. Eu também.
Já lá vão três meses de formação e eu estou como peixe na água. Estou a gostar sinceramente daquilo. Então agora, que entrou em cena a gestão de recursos humanos e contabilística, estou nas nuvens! Sinto-me com 15 anos, com aquela sede de conhecimento e aprendizagem (a maioria não sentiu isto, eu sei. Sou um caso especial). Mas depois olho em volta...
Os meus colegas chegam a tarde e más horas, sem justificações (é sempre culpa do autocarro). Quando em aula, é telemóvel ou pc a toda a hora (curso de informática, recursos constantes). Há quem passe as aulas a ver filmes. Há quem passe as aulas na conversa. Há quem venha só quando lhe apetece. Comecei a perceber que, em 16 pessoas, três ou quatro estão verdadeiramente interessadas em aprender. Só três ou quatro é que estão ali de vontade e não a viver à custa do desemprego (dessas quatro, somos só dois a usufruir dele. Os outros dois não têm descontos suficientes). Todos os outros estão ali só porque sim. Porque é mais fácil pegar num caderno e caneta (e quando a levam!) e ficar sentado das 9h às 17h a ouvir alguém falar. E quando o formador/professor pergunta algo, vêm as respostas das chacha dos distraídos, que conseguem sempre os risos porque são uns engraçados.
A mais nova tem 20 anos e o mais velho 45. Cinco que estão na casa dos 30, nunca trabalharam na vida. Andam de formação em formação, a receber os apoios do estado sem lhe darem nada em troca. E eu, que tenho 23 e 3 anos de descontos ando aflita, por achar que já devia ter 5!
Fico triste por estar incluída neste leque. Porque cá fora, somos todos iguais. Somos todos "sugadores do estado e das minhas contribuições". Ninguém sabe quem tem vontade ou não, quem recebe ou não. Fico triste porque estou ali mesmo para aprender e só eu sei quanto me está a custar a diferença de rendimentos ao fim do mês. E anda ali tanta gente a brincar...
Confesso que tenho dias, quando vejo as contas a pagar, que me apetece desistir e ir trabalhar. Já estive na corda bamba duas vezes. Mas mesmo com dificuldade, vou até ao fim. Posso acabar numa loja de roupa na mesma mas já não tenho SÓ o 12ºano. Pode não me levar a lado nenhum a nível público mas a nível pessoal, é uma realização tão mas tão grande... Estou feliz! E não interessa o que os outros pensam! Eu é que sei da minha vida!
Está a ser melhor do que alguma vez esperei! Sinto-me peixe na água, verdadeiramente feliz.
Estou a aprender imensas coisas novas, para já, na área das tecnologias. Já sei nomes e componentes,de modo a que já não serei enganada tão facilmente! Também já tive inglês, componente básica do curso. Lá para a frente virá a matemática e toda a parte de gestão.
Todos os formadores são espetaculares. Os colegas não são nada maus. A escola é perto de casa da minha mãe, tenho ido almoçar à pato, como se costuma dizer!
Espero que, quando chegar a altura, encontre uma boa empresa para estágio. Quem sabe, com sorte, o futuro trabalho. Estou confiante e acho que isso por si só, é o mais importante!