Há 5 anos, estava a ter a última aula antes de ir a exame.
Foi uma aula tranquila, não fosse eu já repetente e saber mais ou menos o que me seria avaliado nas próximas horas. E às 14h lá foi. Fui a primeira a fazer exame, o que eu gosto de pensar que me deu sorte. Tanto eu como o rapaz que ia comigo, fomos aprovados.
E assim, faz hoje 5 anos que tirei a carta de condução. 5 anos sem acidentes, 5 anos em que muita coisa na minha condução mudou. 5 anos de realização pessoal e felicidade! Se não for sempre assim, que seja parecido. Venham mais 5 anos!
É mentira, não deixei nada! Simplesmente hoje é o dia em que as regras de trânsito e legislação mudam ligeiramente para mim: deixei de ser recém-encartada. Faz hoje três anos que fui aprovada no meu exame de condução! Três anos gente! Como o tempo passa!
Fiz 18 anos no final de 2013 e fui ainda a exame teórico nesse mesmo ano. Passei à primeira, sem errar uma única resposta e posso agradecer pelo exame fácil que me calhou! Em Janeiro de 2014, as regras deram uma volta de 180º: assim do nada, as bicicletas passaram a ter prioridade sobre carros e quando comecei a condução, foi bem complicado aplicar isso à prática visto que fiz exame quando as regras eram completamente diferentes. Depois de muito tempo, lá consegui a maldita aprovação do exame prático. Numa semana em que estava de férias e fui obrigada a deslocar-me à cidade, caso contrário chumbaria por falta de comparência.
Três anos e zero acidentes. Três anos e zero complicações. Três anos de uma condução medrosa ao início, com imenso problemas de embraiagem mas que depois de meses se tornou um prazer extremo. Adoro conduzir, principalmente sozinha. E nem num único dia me arrependi de ter tirado a carta! Foi das coisas mais úteis, onde gastei grandes quantias de dinheiro!
Sabem o que me está a fazer bastante falta aqui? Conduzir.
Sentir o prazer da condução (apesar de não ter carro próprio), o ligar o rádio e ir para o meu destino. Sinto falta de ir aqui e ali, de ir no meu horário, quando quero, como quero. Sinto falta de disparatar ao constatar o preço da gasolina, falta do stress permanente que é conduzir. Falta de ofender e ser ofendida, falta de mandar umas buzinadelas a condutores parvalhões. Falta de protestar por uma manobra mal feita e ser mal tratada em pleno exercício da condução.
Coisas tão banais, e é onde mais noto a falta que Viseu me está a fazer.