Sobre o tal processo de seleção
Como disse anteriormente, na sexta fui à minha primeira entrevista desde o regresso. Ao meu primeiro processo de seleção, uma coisa que nem sabia o que ser.
À hora marcada lá cheguei. Estavam três pessoas, comigo quatro. Candidatas, eram só três: uma senhora com os seus quarenta anos, eu e uma rapariga com provavelmente mais um ou dois anos que eu, que achou por bem levar a mãe a uma entrevista de emprego. Pouco depois, fomos chamadas para uma sala onde nos entregaram umas folhas com testes de lógica. O momento em que a orientadora sai, foi o momento em que o recreio começou. Uma a dizer que tinha mais que fazer, a outra a dizer que tinha voltado à primária, ambas a dizerem que não estavam para aquilo, e eu, que me tentava concentrar, interrompida por elas que me picavam a entrar na onda. Como nem a cara da folha levantei, desistiram de me puxar e continuaram a festa sozinhas. Até que a senhora volta e pergunta simpaticamente o que se está a passar. A mais nova, diz arrogantemente que tem mais que fazer e que quer ir à entrevista e - passo a citar - bazar daqui. A outra, diz que não é nada e baixa-se numa aparente tentativa de concluir o exercício. De três, passámos a duas.
Entretanto houve uma troca de testes e recebi um teste de personalidade, enquanto que a outra senhora recebeu mais um de cálculo. Mais uns resmungares mas lá se calou. A orientadora volta e pede-lhe que a acompanhe, coisa que ela faz, mas não sem antes me desejar boa sorte para a entrevista e sair sorridente. Poucos segundos depois, a responsável volta e dá me mais um teste de cálculo. E se eu vos disser que já não me lembrava do quanto gostava de matemática?! Foi uma delícia ter um cronómetro e problemas matemáticos para resolver!
Chegou a minha vez e percebi que ia ser entrevistada pela senhora que nos orientou a sessão toda. Foi tudo muito básico, quis saber todo o meu historial laboral, os motivos de entrada e saída de cada trabalho, defeitos e qualidades e do resto tudo um pouco. Entretanto disse que a vaga que tinham para me oferecer (que pelos vistos não foi a mesma para todas) era trocando por miúdos trabalho de escritório. Papéis, papéis e mais papéis - tudo o que sempre quis!
Disseram que num prazo máximo de quinze dias seria chamada para a entrevista no verdadeiro contexto onde me seriam ditos horários, vencimentos e funções e que, quer positiva quer negativa, seria contactada com uma resposta.
No dia, vim cheia de espetativas. Agora, nem sei. Costuma dizer-se: que seja o que Deus quiser!