Furar as orelhas
Ontem foi tema de conversa o momento épico de furar as orelhas.
Aqui a peste fazia das suas para ser obrigada a tirar os brincos. Deviam fazer-me alergia ou o raio que eu não aguentava muito tempo sem fazer alguma. Furaram me as orelhas três vezes. A última, pelos meus 6 anos quando fiz um valente dói dói. Um dói dói a sério. Caí na escola e rasguei a orelha, a primeira e mais velha cicatriz que trago no corpo. Como a minha mãe achou que só um brinco não tinha piada, tirou me o outro, acabando os buracos por fechar.
Numa vinda a Portugal, a minha mãe decidiu furar-me as orelhas novamente. Eu, que já sabia o quanto custava e comecei a fazer daquelas birras fáceis de aturar. Sem mais opção, disseram que, caso não chorasse, teria direito a um Cornetto de morango. Têm a noção do que significava um Cornetto há quinze anos para mim?! Era o Céu! A menina lá foi e o primeiro furo aguentou. Mas ao segundo, deu-se um gemidozinho e ficou-se cheia de medo de já não receber o dito.
Mas a mamã achou que me portei bem e lá me comprou a recompensa!
As crianças realmente são umas interesseiras