Há decisões que por muito dolorosas que sejam, a determinada altura têm de ser tomadas. A que vos contei no início desta semana, foi uma delas. Creio que ninguém termina uma relação de ânimo leve. Há muitos fatores, muitos contras, muitos prós. A questão prende-se com ter a consciência para que lado a balança pende mais. E por muito assustador que o futuro possa parecer, temos que ter a coragem de nos colocar em primeiro lugar.
Aqui, havia já uma casa, todo um projeto comum que eu acreditei ter pernas para andar. E tinha, poderia ter tido. Mas nunca estaria bem comigo mesma, nunca poderia olhar para o espelho e sentir o mesmo orgulho que sinto agora. Medo também, é claro mas principalmente orgulho.
Mostrei vontade de ficar com a casa e não vi essa vontade ser questionada. Demos tempo, para cada um se organizar da melhor maneira e seguirmos daqui em frente. Refugiei-me no local óbvio e tenho estado tão rodeada de amor. Mas, por muito bom e aconchegante que isso seja, a independência tem outro sabor. Estou assustada, repito e não nego. Assustada por eventualmente me vir a sentir só, cozinhar apenas para mim. Passar as refeições sozinha cheira-me vir a ser o meu calcanhar de Aquiles... Mas independência e vida adulta é isso mesmo, right?!
Já conversámos, definimos as contas e os valores a acertar e recebi ontem as chaves da agora, minha casa. A minha casa. Uau, sabe tão bem dizê-lo em voz alta. A vida (re)começa agora.
E como diz um gosto musical recente:
"Desculpa, eu tive de dar um passo atrás Lembrar-me do que eu sou capaz Tive de afastar-me primeiro 'pa amar o que eu tenho não me conformar "
E é tão isto! Não se conformem! Seja numa relação, seja num trabalho...
Lutem! Assusta, mas a longo prazo, valerá tanto a pena! Bom fim-de-semana!
Nos últimos meses tenho andado meia apagada por aqui. O fim das aulas do curso que estou a tirar, o início do estágio, tudo isto misturado com outros fatores, têm me impedido de viajar até aqui, de vos ler, saber da vossa vida e trocar ideias convosco. Têm sido semanas mais intensas que o habitual e no meio disto tudo, tenho vindo a acumular coisas e coisas para vos contar mas a gestão diária tem sido meio complicada e não me tem permito atualizar-vos.
Posto isto, hoje vou contar-vos a maior reviravolta que a minha vida deu: separei-me.
Foi uma decisão tomada com precaução e muito bem pensada. Chegámos à conclusão que não queríamos as mesmas coisas no futuro e ao invés de insistir em algo que não iria funcionar, optámos por colocar termo à nossa relação a tempo de conseguirmos ficar amigos.
Apesar de ter sido uma decisão mútua, eu estive mais determinada nesta mudança. Cheguei à conclusão que toda a gente sabe mas que eu teimava em não querer interiorizar: o amor só não chega. Por muito que se tente, por muitas pontas que se ate, assuntos que se esqueçam, a mágoa fica. E chega um dia que decidimos. Decidimos que vemos aquela pessoa como um amigo e não como um companheiro. Decidimos que queremos algo diferente do que aquilo que temos tido. Decidimos e aceitamos que não é uma derrota terminar uma relação longa mas sim um ato de coragem. Coragem para mudar, coragem para assumir que não se estava bem. Coragem para enfrentar todas as pessoas que vão falar, julgar e dizer "Mas pareciam tão felizes!".
Eu decidi e escolhi ser (mais) feliz. E estou tão orgulhosa disso!
Este é só mais um post cheio de todos os planos que cumpri ou que pensei vir a cumprir, um clichê pegado naquele tão aguardado resumo de tudo o que foi feito neste ano. O título diz que foi o melhor ano da minha vida, e sem dúvida alguma que o foi. Nestes 23 anos, em que metade deles não entraram para esta avaliação (por ser criança, claro), 2018 foi o meu ano.
Comecei 2018 chateada. Chateada com o Doce, numa chatisse que virou zanga, e uma zanga que continuou a descambar pelos dois meses seguintes. Chegou ao ponto limite e a bomba rebentou. E com ela, rebentei eu também.
Depois de quase três anos a viver com estes sentimentos de agonia, de apatia, a juntar a outros dez de falta de amor-próprio, ganhei coragem e procurei um especialista. Resolvi-me, resolvi conflitos do passado e percebi que coisas que eu achava sem nexo, moldaram demasiado a minha maneira de ser. Percebi que fora vítima de bulling nas diferentes vezes que mudei de país. Aprendi a perdoar. E a cereja no topo do bolo: aprendi a amar-me.
Inscrevi-me no ginásio e mudei a minha alimentação. Disse adeus definitivo a 5kg e a 9% de gordura corporal. Aumentei a massa muscular e a minha força num geral. Reduzi no sal e drasticamente no açúcar. Deixei de beber sumos, o ponto alto de toda esta jornada.
Resolvi-me com o Doce e decidimos em cima do joelho, ir morar juntos. Tivemos percalços e despesas não previstas mas mesmo com uma corda ao pescoço, não nos afogámos. Dividimos tarefas de uma forma que nunca pensei ver acontecer.
Investi verdadeiramente em mim. Tratei o psicológico, o corporal e vai a meio o espiritual. Entrei numa duvida religiosa, e tenho questionado muita coisa desde então. Foi o pior ano, desde que me lembro em poupança. Nem um tostão. Mas sinto-me a super mulher por ter conseguido até aqui, pagar renda, alimentação, mobilar a casa, prestação do carro, ginásio, depilação a laser e afins. Foi um verdadeiro desafio, talvez o maior até hoje.
Para 2019 não quero grande coisa. Espero que tudo o que alcancei não desapareça, estou deserta que chegue Julho para acabar com a prestação do carro e finalmente me sobrar algum ao fim do mês. Quero saúde para mim e para os meus.
Desejo a todos vós um excelente ano novo.
Que alcancem tudo o que não conseguiram este ano e ainda mais!
Feliz 2019!
(P.S.: Nos próximos dias responderei aos comentários que estão em atraso, visitarei os vossos blogues e farei as minhas atualizações. Acabarei de publicar o Desafio das 52 Semanas, que ficou em falta nas duas últimas semanas. Mais uma vez me desculpo. Isto de estar sem computador faz mais falta do que eu pensava)
Hoje, que o sol e o calor são o ponto alto do dia e que estou bem disposta e com vontade de partilhar as recentes novidades que chegaram à minha vida, cá vão elas: vou mudar de casa!
Pois é, aconteceu tudo muito rápido e sem qualquer planeamento. Eu e o Doce decidimos dar o próximo passo e cá vamos nós, embarcar nesta grande aventura que vai colocar tudo à prova!
Fomos ver um apartamento há cerca de um mês que nos defraudou completamente as expectativas. Bem, sejamos sinceros: nós não tínhamos expectativas. Só fomos ver mesmo porque sim, pois já tínhamos decidido que o projeto morar junto seria uma das resoluções de ano novo (2019). Aconteceu que, depois dessa visita, a mãe dele falou-nos que havia um apartamento para alugar na zona e sem pensar, o Doce correu escada abaixo para falar com quem de direito. Quando dei por mim, tinha o contrato assinado nas mãos e as chaves pronta para me mudar.
E ando assim, numa correria louca, sem tempo para quase nada. Ainda não me mudei oficialmente mas está quase quase! Já tenho os serviços básicos e a mobília está quase toda mudada. E pronto, esta era a grande notícia que tinha para vos dar. Além dos pais de cada, vocês são oficialmente as primeiras pessoas a saber! O início de uma nova e bela aventura
Apesar de a maioria se queixar do ano que nos deixa hoje, o meu, não foi nada mau.
Trabalhei numa sapataria, lugar onde adorei trabalhar, até meados de Novembro, quando optei por me demitir de livre vontade, derivado a uma situação meno feliz. Travei amizades, que se mantêm no presente e bem vivas! Arranjei trabalho logo a seguir, no mesmo restaurante onde trabalhara antes. Mantive o contacto com as pessoas fantásticas com quem tive o prazer de privar na minha curta estadia por terras de sua majestade. Conheci o meu Doce, com quem partilho desde então meses de pura felicidade e alegria. A relação com as Marias mantém-se fantástica. O pai, tornou-se mais presente e conseguiu reconquistar o seu lugar. Tive saúde, e pude viver todos os momentos ao máximo, sem ter de contar tostões.
Para 2017, espero mudanças. Mudanças boas, a todos os níveis. Algumas delas, começam já nas próximas semanas, mas ainda não vos vou contar por continuar a ser uma menina supersticiosa!
Desejo a todos os meus leitores, aos que me acompanham desde o início, aos que vieram cá parar por engano, aos que me lêem porque me conhecem no dia-a-dia, um excelente 2017. Que encontrem sempre motivos para sorrir, mesmo quando parece não haver alternativas.