Há coisas que me moem o juízo. Assim para o muito, que me fazem querer explodir de raiva pela ignorância e estupidez alheia. Pela racismo, as opiniões aparvalhadas. Por tudo.
Somos apenas quatro funcionárias aqui no hotel. Três rececionistas e uma empregada de limpeza. Sou a mais nova, sendo que todas elas têm idade para ser minhas mães. Há situações em que se torna-se estranho esta diferença abismal, confesso, mas damos-nos todas bem.
O que não funciona bem para mim é a mentalidade delas. Delas e de tanta gente nesta sociedade mas foco-me nelas porque existe uma convivência diária. Uma mais que outra, mas acho que nunca tinha visto uma mentalidade tão retrograda. Pelo menos, não numa pessoa na casa dos 40.
A partir do momento em que trabalhas na hotelaria, ou no atendimento ao público em si, sabes que vais encontrar bastante diversidade. Diversidade essa que, talvez pela minha idade, seja fácil de aceitar. Ou porque tento ser mente aberta. Ou porque a delas é fechada demais.
A grande maioria das reservas chega pela Booking. As pessoas colocam o nome, a data da estadia, o contacto e o número de pessoas que vêm. A grande surpresa é quando.... Chanã: chegam duas pessoas do mesmo sexo. Começa a discriminação. Não chega a ser aquela discriminação odiosa, porque em frente aos hóspedes o teatro é perfeito. Mas mal viram costas...
- "Qua sorte a minha, aturar panascas!"
- "Já viste isto? Até parece que não tinham mais para onde ir!"
- "Olha, o quarto que veio são dois fofinhos!"
Entre tantas outras.
Sou heterossexual e por isso, tive a minha vida facilitada. Nunca soube o que era ter que mentir sobre os meus sentimentos, ser ofendida na rua ou gozada pela minha orientação sexual. Mas não suporto ver alguém passar por isso. Fico fula e sinto que até perco o discernimento. Só me apetece dar um abanão na pessoa e desejar secretamente que o cuspo lhe caia em cima.
Sei que é muito feio o que acabei de escrever mas é só no que penso. Nestas mães que, em vez de ensinarem a diversidade do amor aos filhos, educam-nos com este preconceito. Estas crianças tornam-se adultos, e vão ensinar tal como foram ensinados. E o ciclo, nunca se quebra...
Sinto-me ofendida sem ser diretamente comigo. Ofendida com tanta ignorância.
Hoje trago-vos uma questão que certamente apoquentará muita gente quando chega a deliciosa hora de marcar férias, nem que seja apenas aquela escapadinha ou o mini-break ideal.
Apesar de eu ser daquelas que ainda acredita nas agências de viagens, verdade é que a internet nos permite cada vez mais marcar tudo à nossa vontade e gosto. Sites como a Trivago, Momondo ou a Booking, tornaram-se o nossos melhores aliados. Além de reunirem toda a informação importante relativamente aos espaços e envolvências, disponibilizam o mais variado feedback que outros viajantes tiveram a boa vontade de partilhar com o mundo.
Como rececionista de hotel, tenho aprendido muito. Não só porque não sou de forma alguma da área de turismo como admito nunca ter pensado enveredar pela área. A oportunidade surgiu e confesso que está a ser uma experiência fantástica e muito recompensadora, o que é maravilhoso.
Isto leva-me ao ponto chave: reservar numa plataforma ou tratar diretamente com o hotel?
Eu aconselho a reservar diretamente com o hotel, mas depois de dar uma olhada numa plataforma. E isto porquê? Porque todos os hotéis têm os preços de tabela que, podem ou não coincidir com os valores apresentados nas plataformas. Na maioria dos casos, podem negociar. Estando ou não cientes, as plataformas cobram taxas absurdas em comissões. Fala-vos quem fazia tudo através da Booking, e acreditem - mudei a minha opinião. Numa qualquer reserva, as comissões rondam os 20%, o que traduz um pagamento de quase 20€ numa reserva de 100€!
Mas negociar como?
É fácil! Como digo em cima, as comissões são muitos altas e a maioria dos hotéis prefere mexer no preço que receber a reserva pela plataforma. Continuando a utilizar os valores acima: compensa a um hotel baixar o preço para 90€, e estes serem limpos que receber 100€ do hóspede e ir buscar apenas 80€. E quem sai a ganhar com isto? Todos! Porque o hóspede paga efetivamente menos e o hotel consegue preservar mais.
Testando a teoria, reservei duas noites para um mini-break em Setembro. Vi os preços na Booking e em todas as plataformas a fim de encontrar o valor mais baixo. Em seguida, liguei para o hotel em questão e perguntei quais os preços para as noites pretendidas. O valor dado pela rececionista foi o mesmo que nas plataformas. Aí, disse à senhora que tinha conhecimento das taxas que as mesmas cobravam e se poderiam fazer algum ajuste no preço. Prontamente, recebi uma resposta positiva e poupei assim 15€ do meu bolso e mesmo assim, o hotel ainda ficou a ganhar 12€ com a minha reserva direta. 27€ que não foram para os cofres da Booking.
Mas atenção: nem todos os hotéis têm esta margem de manobra. Por isso é que perguntar é sempre a melhor solução. Não custa nada e não ofende ninguém.
Espero que este post seja útil, que vos ajude a negociar e a conseguir sempre os melhores preços para o tão merecido descanso! Lembrem-se que tentar, não custa nada!
... a contabilidade do hotel despediu-me e o patrão nem sabia!
Mas tenham calma, que continuo com trabalho! Passo a explicar: acabou no dia 12 de Fevereiro o meu contrato de meio ano, que será renovado automaticamente todos os semestres. Mas o iluminado do contabilista, achou que como ninguém antes cá ficou mais de meio ano, eu não seria exceção. Fez as minhas contas e pagou o correspondente. Agora imaginem o meu susto quando vi na conta nem 300€ - pensei que os saldos se tinham estendido ao meu salário!
Já estão prometidos desde a semana anterior e pela lógica até só chegariam para a semana mas a coisa proporcionou-se de outra maneira e, agora que já tenho a certeza de que todos os factos são reais e palpáveis, já vos posso dar a boa nova: I am working! I have a job!
Yes my friends, it's true! Estou a trabalhar faz hoje duas semanas, começo amanhã oficialmente a exercer a minha nova função. Apenas amanhã porque, foram duas semanas de formação dirigidas à função e parece que agora me encontro preparada para exercer o cargo a que me comprometi!
E lá vai o rufar de tambores... Meus caros leitores, aqui a Sweetener... É rececionista de hotel!
É um trabalho como todos os outros, bem sei. Poderá ser igualmente desgastante nos meses de verão e secante nos de inverno. Será monetariamente inferior ao que alguma vez recebi na sapataria. Mas malta... 80% das pessoas recebem o ordenado mínimo, e muitas delas até têm formação superior! Além disso, não vou trabalhar 12 horas seguidas em pé sem sequer me poder encostar. Não vou viver debaixo de uma pressão psicológica constante. Vou ter um horário fixo e certinho. Tenho colegas que AJUDAM! (E desculpem lá a maiúscula) E mais importante que tudo: vou obrigatoriamente usar e abusar do meu inglês! Fazem a ideia do valor que isso tem para mim, daquilo que isso significa?! Estou histérica, eu sei, eu sei. Ainda vocês me estão só a ler, por isso imaginem a histeria real! É de partir o coco a rir da minha felicidade infantil!
Rececionista de hotel, assim, do nada. Um dia banal, uma ida à cabeleireira igual a todas as outras. Falaram-me de um hotel que estava a precisar. Hotel, ah, hotel... Sem experiência nem formação, nunca será para mim. Vim para casa, fiz a pesquisa habitual no IEFP e restantes sites de emprego e encontrei um anúncio para rececionista de hotel. Hum, coincidência ou a mesma coisa? Bem, não perco nada. Vamos aproveitar que é sexta. Imprimir um currículo, ir ao local e apresentar-me. Entrevista interessante e feita na hora. Trabalho a tempo inteiro. Bem, até poderá ser bom presságio. Feeling positivo pós-interview mas, já se sabe, esses meus feelings não são lá muito certeiros. Uma chamada da parte da tarde, um início de trabalho no sábado de manhã.
Como é notório, estou feliz. Radiante aliás! Voltei à vida, voltei à rotina, e voltei em grande!
Hoje venho até cá para vos contar o que andei a fazer nos últimos três dias, em que não parei por aqui: celebrei o S. Martinho e posteriormente fugi de Viseu para um belo fim-de-semana com a minha cara-metade!
Para os que não sabem, S. Martinho por estes lados é dia de festa - a dobrar! Os meus pais tiveram uma bela pontaria e não me podia ter calhado um dia melhor e mais feliz para celebrar o meu aniversário, e a minha mãe, aos meus 16 anos, deu-me a melhor prenda da minha vida - o Blacky.
Mas voltando ao que realmente interessa - o fim-de-semana. Este mini-break já estava planeado há quase um mês, quando ele soube que teria ambos os dias de folga, coisa que acontece tão raramente. A ideia inicial era o Gerês, mas pensei que seria um lugar mais bonito de se visitar com um estado atmosférico mais acolhedor. Fui assim parar à Figueira. Disse-lhe que só tinha que pagar a viagem e as refeições, e que deixasse o resto ao meu encargo.
Reservei assim no hotel Sweet Altantic Hotel & SPA, uma suite com pacote romântico juntamente com um tratamento de SPA e pequeno-almoço incluído.
O quarto, ou melhor, a suíte superou completamente as expectativas. Era literalmente um apartamento! Fiquei deliciada com todas as facilidades apresentadas e senti que ia valer cada cêntimo do que pagaria à saída.
Em relação ao SPA, foi a primeira vez que ambos tivemos a experiência e adorámos! Consistiu num circuito de águas, com a duração de 90 minutos onde pudemos usufruir de uma piscina com diferentes sensações de relaxamento: entre águas correntes a massagens náuticas com diferentes intensidades. Havia também uma sala de banho turco e claro, a sauna. Confesso que não fui nada fã do banho turco. Aguentei pouco mais de 5 minutos lá dentro, devido ao intenso cheiro a menta pareceu-me. Já a sauna, cativou-me. Sou capaz de ter ficado uns 15 minutos dentro de uma temperatura de 75ºC. E soube tão bem!
O pacote romântico trazia, para além das pétalas de rosa espalhadas pelo quarto, brownies, morangos e kiwi com chocolate, uma garrafa de água e espumante.
À noite, como não podia faltar foi diversão noturna - casino, que ficava a menos de 5 minutos a pé. pelo caminho, encontra-mos uma barraquinha que vendia as típicas castanhas assadas. Sei que são caras, mas não resisti à tentação da tradição, ainda que com um dia de atraso.
Na manhã de hoje, fomos tomar o pequeno-almoço. Desde a sala à diversidade de opções, fez com que fosse sem dúvida o melhor serviço de pequeno-almoço que tive o prazer de comer. Depois, e sendo que pudemos usufruir do late check-out, fomos dar um passeio à beira mar.
E assim termina uma bela escapadinha, que ambos estávamos a precisar. Uma experiência a repetir, sem dúvida alguma. Aconselho e recomendo vivamente o hotel em questão. Foram excelentes em todos os pontos e aspetos.