Parece que hoje, é o último de 365 longos dias que 2015 nos trouxe. Foi um ano de muitas coisas, sejam elas catalogadas como insignificantes ou com uma maior dimensão.
Concretizei o desejo de ter um blog, onde com maior ou menor assiduidade, tento partilhar o que de mais relevante se passa na minha vida ou na dos que me rodeiam. Consegui o meu primeiro emprego, que me trouxe muitas coisas boas. Apaixonei-me, depois de tanto tempo, por um miúdo que não me deixa fazer parte da vida dele. Percebi que não tenho amigos. Emigrei, ingressei na universidade e desisti. Senti e vivi uma amostra do que é a depressão. Encontrei uma tábua de salvação chamada mãe.
Fui feliz e infeliz. Cumpri desejos e falhei outros tantos.
Para 2016 preciso de tudo aquilo que digo que não quero. Preciso de tudo aquilo que qualquer pessoa precisa. Saúde, diferentes tipos de amor e sobretudo concretização pessoal.
Bom ano para todas as pessoas que visitam o meu cantinho e para toda a blogoesfera em geral. Que 2016 traga tudo o que 2015 não permitiu.
Parece que agora por mandar um piropo, já se pode ser preso.
Então elucidem-me: se eu disser a um rapaz que é um jeitoso, vou presa? E qual é o método praticado nestas situações? "Ai menina, mandou-me um piropo, vou denunciá-la às autoridades". Até as ditas chegarem, e quando chegarem, como procederão? Quais são as provas? Palavra contra palavra, certo?
E preocuparem-se com assuntos sérios? Com criminosos que cometem os mais horrendos crimes e aguardam julgamento em liberdade, são dados como doidos e continuam à solta? Pois... Bem me parecia.
Acho que vai ficar este o nome da dita rubrica. A inspiração anda a faltar-me, assim como a paciência, o tempo e uma lista interminável de tantas outras coisas...
Bom, indo ao que interessa, hoje de manhã, foi assim:
- Bom dia menina, pode ajudar-me?
- Claro que sim, vinha à procura de algum modelo em concreto?
- Exatamente! Procuro um sapato de cunha, com plataforma e salto agulha, têm?
(Processando a informação, vendo e revendo os modelos disponíveis mentalmente...)
- Plataforma e salto agulha? Não, nem creio que exista algo dentro do género...
- Existe existe, que eu já vi! Na concorrência! Vou lá, é isso mesmo! Obrigada!
Olho para as minhas colegas, que assistiram à cena, elas olham para mim e conclusão: não há mais nada a fazer se não deixarmos o riso invadir os nossos rostos.
Faz praticamente dois meses que estou a trabalhar na sapataria. Com tudo isso, conheci pessoas novas que mantêm uma distância de segurança enorme: não passam nem vão passar de colegas, novos sítios - atendendo à localização de algumas lojas e até clientes muito pouco divertidos. Poderia dizer que era da época que estamos a viver, mas acho que não. É mesmo estupidez pura. E como vou ouvindo umas pérolas de vez em quando, acho que vou presentear-vos com elas.
A de hoje, foi de ontem. Uma família numerosa (8 pessoas) numa sapataria pequena, sem contar com uns quantos outros clientes, decide o homem da casa (aparentemente) que quer comprar umas botas. Ok, vamos lá mostrar uns modelos ao senhor. Nisto, enquanto ele exprimenta, pergunto:
- Então, como se sente com elas? Gosta?
- Gostar gosto, mas gostava mais da menina vestida de mãe natal em minha casa.
Mulher, filhas e restantes rieem-se. Eu, como não percebi a piada, e para não dar ar de mal educada fui simpatica e sorridentemente atender outro cliente. Será isto normal? Acho que não, mas vai ser sempre assim.
Nestes últimos meses mudei muitas vezes de opinião em relação a esta época festiva. Ora quando fui para Londres e só queria que o Natal chegasse a correr, ora agora, que trabalho numa empresa onde mês de Dezembro significa - mês sem folgas.
Conclusão: Natal, vem depressa. Mais depressa ainda. Corre! Uma semana ainda é muito tempo... Preciso de ti, ou melhor, de folga!