Semana 8: Os melhores filmes infantis que já assisti foram...
A Gata Borralheira - Este filme fez-me ter as primeiras ilusões de amor. Fez me acreditar que não dinheiro, estatuto social ou diferenças que possam separar duas pessoas. Quando é amor, é amor e pronto.
Ratatouille - Outro que tal. Este filme marcou muito a minha adolescência quando a minha vocação parecia ser a cozinha. Mais uma vez, fez-me acreditar que tudo é possível quando a vontade é imensa. Todos os nossos sonhos são palpáveis, só precisamos de ter a sorte de entrar na vida das pessoas certas. Além do mais, o protagonista tem o nome do meu primeiro amor. Isso são coisas que nunca se esquecem!
O Rei Leão - Nitidamente, este não podia faltar. Descrever este filme é um tanto ou quanto difícil. Tendo que optar, sem dúvida que foi O filme da minha infância. E não me canso de o voltar a ver.
Quero pedir desculpa mas optei por remover o texto que partilhei com vós no sábado passado. A toda a gente que o leu e comentou, agradeço imenso e todos os comentários foram tidos em consideração. Apenas tomei consciência que revelei demasiado sobre mim e, estando o meu anonimato meio descoberto, não deveria manter o mesmo.
Esta é uma pergunta que tenho feito imenso nas últimas semanas. Embora a frequência com que a faço seja constante, ainda não consegui ter uma resposta suficientemente satisfatória.
Passo a vida a esconder os meus problemas, as minhas dúvidas, as minhas questões. Tenho medo, vergonha ou receio que mais cedo ou mais tarde, as minhas fraquezas e falhas sirvam como arma de arremesso. Este medo existe e está demasiado enraizado em mim, porque toda a vida foi assim. Com maior ou menor frequência, vem sempre meia farpa de algo que já lá vai.
Depois de tanto, confiar tornou-se uma coisa demasiado difícil para mim. Já não sou a mesma rapariga ingénua e doce que era há bem pouco tempo. Muita coisa mudou em mim ao longo dos anos, e muita coisa ainda certamente irá mudar. Tornei-me insegura e tenho muito pouca auto-estima. Não me valorizo, não reparo em mim, não me elogio, não me aprecio.
Deixei de ter aquela alegria no rosto, aquele brilho no olhar. Deixei de me sentir viva. Faço as coisa porque tem que ser, porque é a rotina, porque é a vida. Londres deixou em mim marcas irreversíveis. Marcas que mesmo depois de tanto tempo, não consigo apagar ou atenuar. Desde aí, a minha vida mudou completamente. Deixei de ser eu. Deixei de ter vontade, deixei de gostar intensamente das coisas como gostava antes. Perdi a coragem, perdi a essência.
Aos poucos tornei-me uma pessoa mais fria, fechada. O choro virou rotina, a vontade de desistir esteve presente em dias verdadeiramente maus. Pedi ajuda e fui gozada. Limitei-me a existir.
Fui obrigada a ir trabalhar e o trabalho ajudou. Pouco tempo depois, o Doce esbarrou na minha vida e soube que ele a ia virar de pantanas. Percebi que tal como eu, ele usava uma máscara. E essa máscara começou e despertar coisas em mim. Relembrou-me o que eram sentimentos como a atração e o gosto. A vontade de querer conhecer. A vontade de querer sentir-me viva.
Vivi sempre para os estudos e nunca fui muito bem sucedida no campo amoroso. Quando alguém se interessou por mim, fiquei cega. Fui atrás que nem uma pateta, burra que nem uma porta. Foi uma relação psicologicamente marcante, de ano e meio, que terminou via SMS. Fui ridícula e pedinchei-lhe amor. E após entender que merecia melhor, segui em frente.
Após quatro anos, quatro anos em que vivi bem comigo mesma, apareceu ele. Tagarela. Nitidamente mais velho, mal eu imaginava o quanto... Foi demasiado tarde quando soube, e acabei por lhe cair nas graças. Voltei a abrir-me ao amor.
Vivi intensamente, fizemos tudo muito rápido. Cama, amigos, família. Tudo. Tornou-se um dado adquirido, embora ambos soubéssemos que havia um imenso caminho a percorrer. As nossas feridas estavam ainda demasiado abertas e sabíamos que mais cedo ou mais tarde ia dar asneira.
E deu... Finalmente consegui que ele confiasse em mim, mas não estava preparada para aquilo que ouvi. Foram demasiadas coisas ao mesmo tempo, demasiadas emoções e revelações. Demasiadas opiniões, demasiados bitaites. A minha ansiedade, esta vontade estúpida de querer tudo para ontem pode ter acentuado o lado negativo. Como se luta por algo que achamos valer a pena, quando percebemos que por trás dos sorrisos, 80% do mundo está contra esta relação? Como é que duas pessoas completamente diferentes lutam para continuar juntas.
Mas numa altura em que me falta a esperança apenas me pergunto: será que o amor só, chega?
Esta é meio abstrata porque pode referir-se a tanta coisa.
- Eu sempre acreditei na bondade e generosidade humana. Mesmo com tantas facadas e desilusões ao longo dos anos, continuo uma crente na boa fé alheia.
- Eu sempre achei que seria capaz de mudar o mundo. Não tinha percebido é que efetivamente eu mudo o mundo. O mundo daqueles que me amam.
- Eu sempre tive (e tenho) esperança de vencer um qualquer prémio a nível de jogo. Sempre tive muita sorte, e acho que tenho aí uma estrelinha que anda há algum tempo à minha procura.
- Eu sempre sonhei que seria uma patinadora artística no gelo de forma profissional. Infelizmente, não vivo na América ou derivados o que torna a coisa completamente impossível.
- Eu sempre pensei que os piscas nos carros serviam para alguma coisa. Mas infelizmente, cada vez mais tenho a certeza que não estão lá a fazer nada!